Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites, manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.
José Saramago
4 comentários:
Andaste por Trás-Os-Montes?!? Estas duas últimas fotos fazem-me lembrar o Sabor, a foz do Sabor!
Gostei muito da história da flor e da borboleta. Linda!
Beijinhos grandes
Olá menina
A vida basta mas por vezes é insuficiente.
Zeca Afonso cantava que existem alguns que vivem sem saber e outros à que morrem sem de tal darem conta.
:(
beijinhos.
Uma foto muito bonita.
Deixo uma saudação.
Felicidades.
Manuel
deixo-te um beijo saudoso de quem ja tinha saudades de te ler.
voltei
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